Imagine um computador que, mesmo após quase uma década de uso, ainda consegue ser útil, funcional e até mesmo charmoso. Esse é o caso do nosso Thinkpad Yoga 12, um notebook da Lenovo lançado em 2015 que, apesar de já ter vivido muitas histórias, ainda tem muito a contar. Hoje, vamos mergulhar nessa jornada de redescoberta e ver como um computador de quase 10 anos pode continuar relevante em 2025.
Um clássico moderno
O Thinkpad Yoga 12 em questão foi lançado em julho de 2015, e desde então conquistou um lugar especial no nosso coração. Com um design minimalista e discreto, ele carrega a tradição dos Thinkpads, conhecidos por sua durabilidade e teclados excepcionais.

Ah, e claro, não podemos esquecer do famoso “nipple”, aquele pontinho vermelho no meio do teclado que serve como um mouse. O “nipple” pode ser meio complicado de utilizar, funcionando parecido com um controle analógico de videogame. Mas dizem que ele é útil para quem trabalha com tabelas, por conseguir fazer linhas retas com mais precisão.

A tela sensível ao toque e a capacidade de virar 360 graus, transformando o notebook em um tablet, eram características que faziam muito sentido na época do Windows 8.1, com seus tiles e interface touch-friendly. Hoje, essa funcionalidade pode parecer um pouco ultrapassada, mas ainda é útil para quem gosta de versatilidade.

Uma das razões pelas quais os Thinkpads são tão amados é sua construção robusta. Mesmo após quase 10 anos de uso, este Yoga 12 está praticamente intacto, com apenas alguns arranhões e marcas de uso. E, como se não bastasse, a popularidade da linha Thinkpad significa que é relativamente fácil encontrar peças de reposição, seja em mercados de segunda mão ou em sites especializados.
Claro, nem tudo são flores. Durante a limpeza e manutenção, descobrimos que uma das teclas — a letra “E” — estava solta. Ao pesquisar o preço de uma tecla avulsa e quase caí da cadeira: R$ 40! Para uma única tecla! A solução? Gambiarra, é claro. Trocamos a tecla “E” pela do número “3”, que tem um formato similar. Afinal, quem precisa do número “3” com tanta frequência quanto o “E”?
Por dentro do Thinkpad
Abrir o Thinkpad Yoga 12 foi como reencontrar um velho amigo. Apesar de ser considerado um ultrabook na época, ele oferece algumas opções de upgrade que são raras em notebooks tão finos. Colocamos um SSD de 240 GB no lugar do HD mecânico, e há até um módulo M.2 de 16 GB, que provavelmente era usado como cache ou para acelerar o boot.

Infelizmente, nem tudo é perfeito. O processador, um Core i5 de quinta geração, e os 4GB de RAM DDR3 são soldados à placa-mãe, o que significa que não há como fazer upgrades. Isso é uma pena, especialmente porque 4 GB de RAM são um limitador significativo para tarefas mais pesadas hoje em dia. O que não tem remédio, remediado está.
Linux ao resgate
Após limpar e remontar o Thinkpad, chegou a hora de instalar um sistema operacional. Optamos pelo Zorin OS, uma distribuição Linux amigável para iniciantes, mas poderosa o suficiente para usuários avançados. O Zorin OS é leve, mas não tanto quanto outras distribuições feitas especificamente para hardware antigo. Ainda assim, ele roda perfeitamente no Yoga 12, com total compatibilidade a todos os recursos, permitindo tarefas como edição de texto, navegação na internet e até reprodução de vídeos em Full-HD.

A tela de 12 polegadas com resolução 1366×768 pode parecer modesta hoje em dia, mas, para um notebook desse tamanho, a qualidade da imagem é mais do que suficiente. Além disso, o touchpad, embora não seja tão refinado quanto o de um MacBook, é funcional e conta com botões físicos muito agradáveis de usar.

Bateria e portabilidade
A bateria do Yoga 12 não é mais o que era. De toda forma, com pouco mais de 3.000 mAh, ela tem menos capacidade do que muitos smartphones atuais. Mesmo assim, conseguimos entre duas e quatro horas de uso, dependendo da atividade. Para um notebook de quase 10 anos, isso é mais do que aceitável.

E, falando em portabilidade, o Yoga 12 pesa cerca de 1,5 kg, com o tamanho de um caderno, o que o torna uma excelente opção para viagens. Afinal, ele foi projetado para ser resistente e durável, características que fazem parte do DNA dos Thinkpads.
O culto ao Thinkpad não é à toa. Esses notebooks são máquinas robustas, confiáveis e, acima de tudo, duráveis. Mesmo o Yoga 12, que não é o mais modular dos Thinkpads, ainda consegue se manter relevante graças à sua construção de qualidade e ao suporte da comunidade.

Claro, ele não é perfeito. O carregador proprietário da Lenovo é uma ideia que deveria ter sido revisada, e a falta de opções de upgrade para a RAM é uma limitação significativa. Mas, no geral, o Thinkpad Yoga 12 é um exemplo de como um bom design e uma construção sólida podem garantir a longevidade de um produto.
Se você tem um notebook antigo guardado em algum canto, talvez seja hora de tirá-lo da aposentadoria e dar uma nova vida a ele. Quem sabe você não descobre que, assim como o Yoga 12, ele ainda tem muito a oferecer?
Caso você tenha um computador ainda mais antigo ou simples por aí e quer revitalizá-lo com o Linux, confira como o Linux Mint pode ser a salvação!