openSUSE Leap declara o fim do suporte ao BIOS legado
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openSUSE Leap pode declarar fim do suporte ao BIOS legado

Se você é daqueles que ainda usa um computador com BIOS legado, prepare-se para algumas notícias que podem não ser tão animadoras. A openSUSE, uma das distribuições Linux mais respeitadas do mundo, está considerando abandonar o suporte ao BIOS legado em suas próximas versões, como o openSUSE Leap 16 e o SUSE Linux Enterprise Server 16 (SLES). Mas calma, nem tudo está perdido! Vamos entender o que isso significa, por que está acontecendo e se você precisa se preocupar.

O fim do BIOS legado no openSUSE Leap

O BIOS (Basic Input/Output System) é um firmware que existe desde os primórdios dos PCs. Ele é responsável por inicializar o hardware e carregar o sistema operacional quando você liga o computador. No entanto, nos últimos anos (há mais de uma década, para ser preciso), o BIOS vem sendo substituído pelo UEFI (Unified Extensible Firmware Interface), uma tecnologia mais moderna, segura e eficiente.

A openSUSE argumenta que a maioria dos dispositivos que suportam a arquitetura x86-64-v2 (um requisito para o Leap 16 e SLES 16) também suportam UEFI. Portanto, manter o suporte ao BIOS legado seria um esforço desnecessário, já que a maioria dos usuários já migrou para sistemas mais modernos.

Mas não é tão simples. Muitos usuários ainda dependem de hardware mais antigo, que não suporta UEFI. Para essas pessoas, a remoção do suporte ao BIOS legado pode significar o fim da linha para o openSUSE Leap em suas máquinas.

Alguns membros da comunidade, como Chuck Payne, argumentam que um dos grandes atrativos da openSUSE é justamente sua capacidade de rodar em hardware antigo. Outros, como Michal Suchánek, lembram que o requisito x86-64-v2 já exclui boa parte dos dispositivos mais antigos, então a remoção do suporte ao BIOS legado não mudaria muito a situação.

Outro ponto de preocupação são as máquinas virtuais (VMs), que muitas vezes ainda usam BIOS legado por padrão. Luboš Kocman, gerente de lançamento do openSUSE Leap, mencionou ser importante garantir que novas VMs sejam configuradas para usar UEFI, mas isso pode não ser tão simples quanto parece.

Enquanto a openSUSE avalia a remoção do suporte ao BIOS legado, algumas ideias interessantes estão surgindo. John Paul Adrian Glaubitz, da SUSE, propôs a criação de uma distribuição não oficial do openSUSE para hardware antigo e exótico. Essa solução poderia ser um meio-termo, permitindo que usuários com máquinas mais velhas continuem a usar o openSUSE sem afetar o desenvolvimento principal da distribuição.

Se você usa um computador moderno com suporte a UEFI, provavelmente não será afetado por essa mudança. No entanto, se o seu hardware é mais antigo e depende do BIOS legado, é bom começar a pensar em alternativas. O openSUSE Tumbleweed, por exemplo, continuará suportando BIOS legado, então ele pode ser uma opção viável para quem não quer (ou não pode) atualizar o hardware.
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