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Fedora 38 – Pontos fortes e fracos da nova versão do sistema

O Fedora 38 foi lançado, e a gente vai conferir as principais novidades, a diferença de desempenho para a versão anterior, juntamente com os pontos negativos, afinal, todo software tem os seus. Assim como o Debian e o Arch Linux, o Fedora é uma das distros base para diversos outros sistemas, incluindo os famosos Red Hat Enterprise Linux e CentOS. 

Ser uma das primeiras etapas no ciclo de desenvolvimento da Red Hat tem suas vantagens e desvantagens, o Fedora é sempre uma distro inovadora, traz novas tecnologias que são testadas nele, antes de chegarem ao Red Hat Enterprise Linux.

Dessa forma, ao mesmo tempo que você tem acesso antecipado a novas tecnologias do mundo Linux, recebe muitas coisas que estão aí para se provar, o Fedora é assim há muito tempo, e não deve mudar em um futuro próximo. Essa postura de trazer tecnologias novas, ainda que possa não ser uma grande ideia no mundo dos servidores, entre os desktop tem um certo apelo, muita gente curte utilizar o Fedora no dia a dia.

Como sempre, vale a pena lembrar que o Fedora é um projeto de código aberto grande, que contempla a versão de Desktop, chamada Workstation e que usa GNOME por padrão, é essa que a gente vai conferir em mais detalhes hoje. Também há outras versões, como para Servidor, IoT, Cloud, Containers, ainda temos as edições imutáveis, Silverblue que usa GNOME, Kinoite, que usa KDE e a nova Sericea, que usa Sway. O Fedora também tem as chamadas Spins, com outras interfaces, e nessa edição 38, temos uma nova Spin oficial do Fedora com Sway e uma nova com o Budgie Desktop.

O que o Fedora 38 apresenta de novo?

Existe um documento chamado ChangeSet que documenta todas as principais mudanças feitas no Fedora 38, se você passar os olhos por lá, vai perceber que, em geral, as mudanças são principalmente atualizações de pacotes, sejam de pacotes do repositório, interfaces, linguagens de programação, entre outros. Este é um trabalho bem técnico e que não necessariamente pode ser visualizado na forma de um ícone ou algum elemento gráfico na interface, mas é importante mesmo assim.

No Fedora 38 Workstation, temos o novo GNOME 44, que diferentemente do Ubuntu, vem absolutamente sem modificações em relação ao que o projeto GNOME oferece, ou seja, para ver mais detalhes sobre as principais novidades da interface da nova versão do Fedora, precisamos observar o que o GNOME oferece. Apesar disso, o Fedora ainda escolhe quais softwares serão distribuídos com o sistema, e de que forma isso acontece.

Dando um passo atrás, o Instalador do Fedora é o mesmo de sempre, um instalador renovado, tornaria a adesão ao Fedora ainda mais fácil. Indo para o desktop em si, no primeiro setup depois da instalação, você será convidado a adicionar repositórios de terceiros, algo recomendável, porque agora, além de te dar acesso a drivers da nvidia, steam, chrome e vários outros repositórios de software proprietário, essa opção também adiciona o Flathub completo no sistema. Isso permite que você instale, através das lojas de aplicativos, basicamente de tudo um pouco de forma gráfica, com poucos cliques.

A decisão da adição do Flathub completo era algo que estava em discussão há algumas versões, sem dúvida alguma, essa simples mudança torna a usabilidade do Fedora muito mais amigável.

Em termos de softwares que vem com o sistema, não temos novidades, são os mesmos da versão anterior atualizada. Infelizmente o porte para GTK4 e LibAdwaita nos aplicativos GNOME não terminou, ainda temos alguns aplicativos com um design ligeiramente diferente, como, por exemplo, o de texto e calendário, quando comparados ao monitor do sistema e ao gestor de discos. O terminal ainda é o GNOME Terminal, e não o Console.

No desktop, o design do Fedora Workstation depende muito do que o GNOME está aplicando, ainda assim temos novos wallpapers, alguns com o recurso de mudar de aparência no modo light e dark.

Confira o desempenho dessa versão, comparada com os dados que temos no Fedora 37. Além do kernel 6.2.11, temos o Mesa 23.0.2, o mesmo no Ubuntu 23.04. A gente pode comparar o Fedora 37 e o 38, mas também podemos usar o Ubuntu 23.04 como parâmetro, já que tanto a última versão do Ubuntu, quanto o Fedora 38 tem basicamente a mesma Stack. Assista até o final o vídeo que se encontra no início do artigo para acompanhar os benchmarks junto à comparação de desempenho!

Quais são os pontos negativos do Fedora 38?

Em termos de pontos negativos, temos muito pouco a falar sobre o Fedora. Ele tem um repositório incrivelmente amplo, ainda mais agora com o Flathub, mas o GNOME Vanilla que vem com a versão Workstation é uma faca de dois gumes, talvez seja o principal ponto fraco, dependendo do seu ponto de vista.

Tudo depende do quanto você gosta de como o GNOME funciona por padrão e o quanto você se importa em adicionar extensões para trazer alguma funcionalidade extra que você precise, como suporte para um desktop ativo, uma bandeja para o sistema, uma dock sempre visível, e por aí vai.

Talvez esses elementos não façam falta no seu dia a dia, e nesse caso, melhor para você, mas são coisas muito comuns em basicamente todas as outras interfaces de sistemas operacionais, que aqui faltam, é natural pensar que grande parte das pessoas que usam computador, gostaria de ter esses elementos. Claro que também existem spins do Fedora para você testar com KDE, XFCE e basicamente todas as interfaces mais populares.

Apesar disso, acreditamos que hoje o Fedora entrega uma experiência mais amigável para os usuários do que o próprio Ubuntu, especialmente na gestão de softwares e na integridade do sistema.

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