TutoriaisVídeo

O Pamac do Manjaro é também uma ótima ferramenta para o Arch Linux!

O Arch Linux é como aquele amigo extremamente competente, mas que insiste em complicar o que poderia ser simples. Desde a instalação até a gestão de pacotes, tudo exige alguma familiaridade com o terminal. Enquanto isso pode ser divertido e educativo, há momentos em que até o mais hardcore dos archeiros pensa: “Será que não existe um jeito mais fácil?”

Pois é, existe. E ele se chama Pamac.

O dilema do archeiro

O Arch Linux é famoso por seu minimalismo e controle total sobre o sistema. Seus repositórios oficiais são gerenciados pelo eficiente pacman, enquanto o AUR (Arch User Repository) abre portas para milhares de pacotes adicionais. O problema? Tudo isso exige digitar comandos.

Para piorar, lojas de ambientes desktop como o GNOME só oferecem suporte nativo a repositórios ou formatos de empacotamento específicos, como o flatpaks. Quer instalar algo dos repositórios do Arch ou do AUR de forma gráfica? Bem-vindo ao dilema do archeiro moderno.

É aqui que o Pamac entra em cena. Desenvolvido originalmente para o Manjaro, este gerenciador gráfico de pacotes traz o melhor dos dois mundos: o poder do Arch com a praticidade de uma interface visual.

Um toque de Manjaro no seu Arch puro

A instalação do Pamac em um Arch Linux Linux puro é mais simples do que parece, embora ainda exija alguns comandos no terminal – ironicamente, para instalar um gerenciador gráfico que vai justamente nos livrar do terminal.

O processo começa com a instalação de um “helper” do AUR, como o yay ou paru. Essas ferramentas facilitam a instalação de pacotes do AUR, incluindo o próprio Pamac. Com o helper instalado, bastam comandos simples para trazer o Pamac para seu sistema.

Uma vez instalado, o Pamac se integra perfeitamente ao ambiente desktop, oferecendo uma experiência familiar para quem já usou gerenciadores de pacotes gráficos em outras distribuições.

Navegando pelo Pamac

Ao abrir o Pamac, nos deparamos com uma interface limpa e organizada, dividida em abas intuitivas. A primeira delas permite buscar aplicativos por nome ou navegar por categorias – algo especialmente útil para descobrir novos programas.

O Pamac do Manjaro é também uma ótima ferramenta para o Arch Linux! (2)

A aba “Instalado” oferece uma visão geral de tudo o que está no sistema, com a possibilidade de remover programas indesejados com um clique. Já a seção “Atualizações” centraliza todas as atualizações disponíveis.

Um dos grandes diferenciais do Pamac é sua integração com o AUR. Enquanto outros gerenciadores gráficos ignoram esse repositório comunitário, o Pamac não só o suporta como facilita sua utilização, mostrando claramente quais pacotes vêm de fontes oficiais e quais são mantidos pela comunidade.

O Pamac do Manjaro é também uma ótima ferramenta para o Arch Linux! (3)

A facilidade de instalar pacotes do AUR através do Pamac vem com uma ressalva importante: nem tudo que reluz é ouro. O AUR, por ser mantido pela comunidade, pode conter pacotes mal configurados ou mesmo maliciosos.

O Pamac ajuda mitigando parte do risco ao exibir informações detalhadas sobre cada pacote, incluindo quando foi atualizado pela última vez e quem é seu mantenedor. Mesmo assim, a velha máxima do Arch Linux continua valendo: verifique antes de confiar.

O Pamac do Manjaro é também uma ótima ferramenta para o Arch Linux! (4)

Para usuários mais experientes, o Pamac oferece configurações avançadas que permitem controlar como o AUR é utilizado, incluindo opções para verificar atualizações automaticamente ou manter cópias dos pacotes compilados.

Flatpaks e outras alternativas

Além do AUR, o Pamac também facilita a instalação de Flatpaks, aqueles pacotes universais que funcionam em qualquer distribuição Linux. Essa funcionalidade é especialmente útil para aplicativos como Spotify ou Discord, que muitas vezes têm versões mais atualizadas no Flathub do que nos repositórios oficiais.

O Pamac do Manjaro é também uma ótima ferramenta para o Arch Linux! (1)

A integração é tão transparente que muitos usuários sequer perceberão a diferença entre instalar um pacote tradicional do Arch e um Flatpak – exceto, talvez, pelo tamanho consideravelmente maior destes últimos.

Para quem o Pamac faz sentido?

O Pamac é ideal para dois tipos de usuários do Arch Linux, os que gostam do controle do Arch mas nem sempre querem recorrer ao terminal e para quem compartilha o computador com usuários menos técnicos – Já imaginou explicar o AUR para sua avó? Com o Pamac, nem precisa.

Claro, os puristas podem torcer o nariz. Afinal, parte do charme do Arch Linux está justamente em seu caráter minimalista e orientado ao terminal. Mas no final do dia, ter opções nunca fez mal a ninguém – especialmente quando essas opções são tão bem implementadas quanto o Pamac.

E você, já experimentou o Pamac no seu Arch? Conta pra gente nos comentários como foi sua experiência.

O Arch Linux é uma das distros que mais conquistam corações de quem se aprofunda no pinguim. Veja como foi a migração do Raul para a distro!

Diolinux Ofertas - Aproveite os melhores descontos em diversos produtos!