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Tecnologia

MakerHero chega para renovar os ares da cultura Maker no Brasil

Nos últimos anos, tem sido cada vez mais comum ouvirmos falar sobre a cultura maker no Brasil. Ela se baseia na ideia de que todos podem criar, desenvolver e produzir seus próprios projetos e produtos com o auxílio de tecnologias como impressão 3D, eletrônica e programação. Esse movimento tem crescido rapidamente e vem mudando como as pessoas veem a tecnologia e se relacionam com ela.

Empresas como a MakerHero e criadores de conteúdo em todo o Brasil tem se empenhado para incentivar o crescimento da cultura maker, oferecendo ferramentas, equipamentos e conhecimento para que as pessoas possam colocar suas ideias em prática. 

O resultado tem sido uma comunidade cada vez mais ativa e engajada, que compartilha informações, soluções e projetos, criando uma rede de colaboração que muda o cenário da inovação no país.

Neste artigo, conversamos com o André Barreto, Coordenador de Marketing da MakerHero, para explorar um pouco mais sobre esse tema. Falamos também sobre o processo de renovação que a empresa está passando agora e como isso contribui para o crescimento e difusão da cultura maker no Brasil.

Inovação é a palavra: conhecendo a MakerHero

A FilipeFlop agora é MakerHero. A empresa, que já tem 12 anos de mercado e é referência em tecnologia e hardware para makers, está passando por um processo de realinhamento de marca, para intensificar ainda mais sua sinergia com a cultura maker. Conversamos com a equipe da empresa sobre o atual cenário de inovação no Brasil.

Quais são os planos da MakerHero para o mercado de tecnologia no Brasil?

A MakerHero é a única loja maker que oferece produtos e conhecimentos sobre eletrônica e Impressão 3D. Além de representarmos grandes fabricantes desses produtos e produzir conteúdo para ajudar as pessoas a se desenvolverem nessas tecnologias, a MakerHero desenvolve projetos que integram impressão 3D, corte a laser, eletrônica e outras tecnologias que são os fundamentos da Indústria 4.0.

Tudo isso tem tudo a ver com o nosso desejo de contribuir para aproximar o público de eletrônica das tecnologias de fabricação digital e aproximar o público da impressão 3D do universo dos eletrônicos.


Os produtos Raspberry Pi possuem uma ampla capacidade de programação e uma diversidade de modelos que conquistaram espaço entre os makers e entusiastas da tecnologia no Brasil, além disso, há modelos bastante acessíveis que chamam a atenção do público interessado em tecnologia. 

E quais os principais usos identificados para esses produtos? Podemos esperar um crescimento em sua adoção nos próximos anos. Vamos explorar essas questões a seguir.

Qual é a importância da Raspberry Pi para o mercado de tecnologia no Brasil?

As placas da Raspberry Pi são utilizadas em várias aplicações que demandam poder de processamento.  É uma solução robusta com preço acessível e tamanho reduzido.

Com as placas mais avançadas, é possível criar um NAS – Network Attached Storage, ou rodar o sistema Octoprint, que permite controlar impressoras 3D através da internet. Por isso, a Raspberry Pi é tão popular entre usuários domésticos que buscam uma placa de desenvolvimento com as funcionalidades de um computador, em uma dimensão muito reduzida, que consiga rodar um sistema operacional robusto como o Linux.

Ao mesmo tempo, muitas empresas e indústrias buscam produtos Raspberry Pi para automatizar algumas funções nas linhas de produção, como inspeção de peças, processamento de imagem e até aplicações com IA – Inteligência Artificial. Além disso, diversas pequenas indústrias fabricam produtos eletrônicos baseados em Raspberry Pi, como totens de autoatendimento, vending machine e muitos outros.

Kit para construção do robô BB9 com Raspberry Pi Pico na Arduíno IDE.
Kit para construção do robô BB9 com Raspberry Pi Pico na Arduíno IDE.

Como a MakerHero pretende incentivar a comunidade de desenvolvedores a utilizar a Raspberry Pi em seus projetos?

Desde o início da pandemia, a Raspberry Pi foi impactada pelas reduções na produção e isso ainda não está normalizado. Com isso, a quantidade de placas para as revendas em todo o mundo está bastante reduzida, principalmente dos modelos mais avançados

Ao mesmo tempo, a Raspberry Pi Pico, modelo de entrada da empresa, não sofreu o mesmo impacto. Com preço reduzido e custo-benefício excelente, ela é uma alternativa muito interessante ao Arduino UNO, placa que hoje ainda é mais conhecida entre as pessoas que utilizam microcontroladores.

Estamos planejando a produção de conteúdos comparativos, tutoriais e análises sobre as placas que permitam às pessoas utilizarem mais tecnologia Raspberry Pi em seus projetos. Para o público iniciante, iremos desenvolver kits maker e já temos um conjunto de kits especiais que usam a Pico, como no Kit Robô BB9.

Além disso, uma das grandes vantagens da Pico para quem está iniciando é que ela usa uma linguagem de programação muito mais simples e popular. Os projetos desenvolvidos com Raspberry Pi podem ser escritos em C/C++, como no Arduino, mas também podem ser escritos em MicroPython, que é uma variação do Python, a linguagem mais popular no mundo hoje. As pessoas que quiserem começar a programar nessas linguagens encontrarão cursos de programação especializados na HeroAcademy.”

Hero Academy - plataforma online com cursos de desenvolvimento e construção.
Hero Academy – plataforma online com cursos de desenvolvimento e construção.

Entendendo mais sobre Cultura Maker

A cultura maker é um movimento que abrange diversas áreas e atividades, como casemod, construção sistemas automatizados com Arduino e impressão 3D. Com o passar do tempo, a cultura maker vem ganhando espaço tanto no mercado profissional quanto entre aqueles que veem isso como uma atividade de lazer. Cada vez mais pessoas estão descobrindo a alegria de criar com suas próprias mãos, seja para resolver um problema do dia a dia ou simplesmente para se divertir. 

Como a cultura Maker (e a MakerHero) tem contribuído para a popularização da Impressão 3D?

A impressão 3D é uma tecnologia com potencial para revolucionar as cadeias produtivas. A cada inovação essa tecnologia consegue fabricar peças mais resistentes e adequadas a aplicações específicas através da personalização.

A cultura maker tem como um de seus princípios a inovação e fabricação de peças e produtos, independentemente do tipo de tecnologia disponível. Ao mesmo tempo, as Impressoras 3D, por terem se tornado muito acessíveis, passaram a integrar o conjunto de tecnologias e habilidades que a comunidade maker utiliza para desenvolver seus projetos.

Nesse sentido, a MakerHero incorpora em seu portfólio vários produtos, cursos e conteúdos que facilitam o acesso dos makers à impressão 3D. Vários dos produtos da empresa integram placas e componentes eletrônicos a projetos mecânicos fabricados com impressão 3D.

O público de eletrônica têm muito a ganhar se aproximando mais das tecnologias de impressão 3D, corte a laser e outros recursos de fabricação digital. Da mesma forma, o público da impressão 3D pode evoluir seus projetos incorporando recursos da eletrônica.

Para quem busca conhecer sobres os diversos componentes eletrônicos disponíveis em nossa loja, lançamos a HeroBox, uma assinatura maker. Com periodicidade mensal ou bimestral, o cliente recebe em casa uma caixa com um projeto surpresa. Cada edição traz um desafio e componentes diferentes, permitindo que o cliente tenha contato com os principais produtos do universo maker”.


Essa abrangência de soluções possíveis com o Arduíno e o Raspberry Pi tem contribuído para a diversificação de projetos criados por makers. Essa cultura mão na massa se tornou um movimento plural e inclusivo, capaz de unir pessoas de diferentes idades, origens e interesses, em torno de uma paixão comum: a criação. Para ajudar quem está iniciando no cenário, como podemos escolher entre as duas soluções?

Quais são as principais diferenças entre a Raspberry Pi e outras plataformas de desenvolvimento de hardware, como o Arduíno?

As diferenças entre as placas Arduino e as placas Raspberry Pi dependem muito do modelo escolhido, pois as duas plataformas possuem placas com maior e menor capacidade de processamento e memória.

Em geral, as placas Raspberry Pi são, com exceção da linha Pico, computadores de placa única, tendo saída de áudio e vídeo e entradas USB, podendo servir para substituir um computador em diversas operações. Então tem um propósito mais geral e pode ter sua funcionalidade alterada via software durante o uso.

Já as placas como a Arduíno possuem menos recursos, e servem para desenvolver hardwares menos complexos, mais dedicados a uma tarefa específica. A troca de funcionalidades está, na maioria das vezes, condicionada à alteração de firmware.


Foi uma ótima oportunidade conversar com o André Barreto, Coordenador de Marketing da MakerHero, sobre os planos da empresa e os pontos interessantes da cultura maker. Esperamos que as informações compartilhadas neste artigo tenham sido úteis para quem está interessado em conhecer mais sobre esse mercado em expansão no Brasil. 

Não deixe de conferir outros conteúdos sobre a MakerHero e suas soluções, para se aprofundar ainda mais no tema e descobrir novas possibilidades de criação e inovação. Agradecemos pela leitura e até o próximo artigo!

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Sobre o autor
Entusiasta de tecnologia que sempre gostou de desmontar tudo, o que me levou ao interesse por software livre e todas as possibilidades que ele oferece. Sou Editor-chefe no blog Diolinux e também trabalho consultor de SEO, gestor de tráfego e otimização de presença digital. Mastodon
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