Um dos maiores canais de comunicação sobre Linux do mundo, o DistroWatch é um site que visa listar e divulgar o lançamento de novas versões do maior número possível de distros Linux. Mas não é incomum para os entusiastas pesquisarem sobre alguma distro que acabou de conhecer e não encontrar por lá. Hoje contaremos um pouco mais sobre como o DistroWatch funciona e como incluem novos projetos em seu banco de dados.
Qual a história do DistroWatch?
A ideia do DistroWatch iniciou como uma tabela simples divulgada entre amigos, listando as principais distros e pacotes de software do fim dos anos 90 e início dos anos 2000, comparando características, como preço, versão e data de lançamento. Em 2001, a primeira versão do site foi publicada, quando a lista já havia atingido um tamanho considerável.
Atualmente, o site conta com diversos recursos, como uma newsletter semanal, além da página principal listando novas versões de distros, eles também passaram a incluir outros sistemas operacionais open source não relacionados a Linux, como os baseados em BSD, assim como o Minix e o Haiku.
Os mantenedores do DistroWatch contam que em seu dia a dia, buscam sempre mudar qual sistema operacional utilizam para se manter atualizados sobre as novidades do mundo open source. O site está atualmente hospedado num servidor dedicado rodando FreeBSD, mas no passado já utilizaram o Debian para isso.
Como distros entram para o DistroWatch
Varrer a internet em busca de novas distros e informações detalhadas sobre como cada projeto funciona, seria um trabalho descomunal. Sendo assim, não adianta esperar passivamente que sua nova distro seja incluída automaticamente na plataforma, no DistroWatch, muito trabalho manual é feito por pessoas reais. Para incluir sua nova distro no DistroWatch, você deve se comunicar, além de seguir certas regras.
Caso queira que sua distro seja listada, você precisa enviar um e-mail contando sobre seu projeto, incluindo o nome, o endereço do site da sua distro, uma breve descrição, contando qual o objetivo e qual a distro base, além do link de download da imagem de instalação. Ou seja, é obrigatório ter um site e nele, deve haver informações relevantes sobre o projeto. Além disso, a distro deve ter um determinado propósito e precisa demonstrar que busca cumpri-lo.
Não serão aceitos projetos que a equipe do DistroWatch não tenha conseguido baixar e testar a imagem de instalação, nem aqueles que funcionam apenas em dispositivos específicos. O propósito da distro deve ser tecnológico, caso, por exemplo, um grupo musical ou partido político crie uma versão do Ubuntu personalizada com material publicitário, não será aceito.
Outros requisitos incluem uma documentação clara para os usuários, além do suporte pelos desenvolvedores, como em algum fórum especializado, ou lista de e-mail ativa.
Também são vetados distros que tenham nomes idênticos ou muito parecidos com projetos existentes, ou seja, o Ubuntu 2 e o Linux Arch não são permitidos. Caso o nome da distro inclua o nome de outra, precisa ser autorizado pelos autores originais.
Segundo o pessoal do DistroWatch, eles recebem muitos pedidos de inclusão de distros, tipicamente demoram vários meses para avaliarem adequadamente um projeto. Eles notaram que, frequentemente, diversas novas distros são descontinuadas em menos de um ano. Considerando tudo isso, novas distros ficam numa lista de espera por aproximadamente um ano antes de serem avaliadas.
Quando atualizações são divulgadas pelo DistroWatch?
Não são apenas novas distros divulgadas pelo DistroWatch, mas quando elas recebem atualizações relevantes também. Porém, é comum as atualizações não serem divulgadas por lá. Isso acontece porque esse tipo de publicação tem alguns critérios.
Primeiro, eles buscam um espaçamento de pelo menos três meses para divulgar novamente algo sobre uma distro, isso evita que fiquem lançando atualizações frequentes só para seguir sendo divulgados. Além disso, a atualização precisa ter algo relevante, se praticamente nada mudou, não tem porque fazer algum alarde.
Por fim, os desenvolvedores precisam se expressar sobre suas atualizações, fazendo alguma publicação em seus sites oficiais com informação sobre o trabalho que fizeram. Caso apenas publiquem que “a distro foi atualizada para a versão x”, fica difícil para se orientar sobre o que divulgar.
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