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Joga Pokémon GO? Veja os dados que o game coleta do seu Smartphone

Pokémon GO mal chegou ao Brasil e já virou uma febre, notícias já circulam pela mídia mostrando as mais absurdas situações que ocorreram com os jogadores, porém, hoje vamos falar sobre o aplicativo em si, o objetivo não é te desmotivar a jogar, muito longe disso, mas te deixar ciente do que a aplicação tem permissão para fazer, já que tantas crianças (e adultos) andam por aí com ele agora. Vamos lá?

Aplicativos que coletam dados dos usuários são massivos, Pokémon GO é só mais na multidão, porém, dado o seu incrível volume de usuários conseguidos em poucas semanas, ele chama a nossa atenção.

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A Nintendo ficou muito feliz quando o valor da empresa aumentou em cerca de 10 bilhões de dólares depois do lançamento de Polémon Go e milhões de downloads acontecerem, no entanto, a Nintendo não é a principal desenvolvedora de Pokémon GO, a empresa responsável por ele é a Niantic Inc., uma empresa que faz parte da Alphabet, a mesma empresa dona da Google, e só por isso, já sabemos que o game vai coletar informações que serão utilizadas posteriormente na “gigante de Montain View”, vamos nos aprofundar um pouco mais…

Quem ler as informações contidas na política de privacidade de Pokémon GO pode ter uma noção mais clara do que o App faz. Como Pokémon GO utiliza o GPS do seu Smartphone, ele pode saber onde você está e dizer muita coisa baseado no seu movimento.

Além de saber onde você foi (ou está indo), a Niantic tem permissão para captar o seu endereço de e-mail, o IP que você está usando, a página de internet que você acessou antes de iniciar o jogo e seu nome de usuário. Se você se logar com sua conta Google para jogar em um iPhone ou iPad, o App terá acesso ao seu e-mail e Google Drive. 

O que deixa algumas pessoas preocupadas é o fato de que o jogo é massivamente jogado por leigos, possuindo uma grande massa de usuários assim, certamente ele vai chamar a atenção de criminosos, não só na vida real, como já aconteceu várias vezes onde pessoas tiveram pertences roubados, como dos bandidos virtuais também, que eventualmente podem mirar os servidores da Niantic, tendo acesso a eles, é possível que os criminosos tenham acesso a todos estes dados.

Este tipo de “tracking” de informações que os serviços de internet fazem parecem invasivos para muitas pessoas, eles estão a cada dia mais comuns e de fato, muitos destes dados podem ajudar a melhorar os serviços, mas a linha entre invasão de privacidade e digamos, “a coleta justa” para melhorar os serviços, é tênue.

De qualquer forma, se você não quiser ser indexado, “é só sair da internet e se abstrair de praticamente toda a tecnologia”, como o pai do projeto GNU, Richard M. Stallman.

Eu particularmente não me importo tanto com isso e respeito completamente quem tem uma posição mais restritiva. Não posso dizer que me sinto completamente confortável com indexação de informações, porém, não me sinto confortável em deixar de usar tecnologia por conta disso também, no entanto, acho perfeitamente cabível observar algumas permissões que não parecem ter uma utilidade prática para o jogo, como por exemplo, saber em qual página você estava antes de começar a jogar. Isso é estranho.

Como Matrix já informava: Conhecimento é poder.

E hoje em dia, conhecimento sobre os hábitos dos usuários vale mais do que qualquer outra coisa para empresas de internet. Tudo tendo seu lado bom e seu lado ruim.

Pokémon GO é tão invasivo quanto qualquer outro serviço de internet atual, mas mesmo assim ele não chega aos pés do Windows 10 ou do Facebook, e inclua-se aqui praticamente qualquer gigante de tecnologia. Aparentemente o GPS do Pokémon GO poderá ajudar o Google a deixar o Google Maps ainda mais preciso.

Até a próxima!

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