O Firefox 135 já chegou, e ele trouxe novidades tímidas, mas a atualização para o 136 já está em desenvolvimento e promete mudanças mais generosas. Vamos mergulhar no presente e no futuro do navegador open source e ver o que esperar dessas atualizações.
Firefox 135: fechando apenas a aba certa
A grande novidade do Firefox 135 é uma mudança simples, mas que vai salvar a paciência de muitos usuários. Agora, no macOS e no Linux, você pode usar o atalho de fechar o navegador (geralmente Cmd + Q ou Ctrl + Q) e escolher fechar apenas a aba atual, em vez de encerrar toda a sessão.
Além disso, o Firefox 135 trouxe melhorias de segurança. Agora, o navegador impede que sites sobrecarreguem seu histórico de navegação com redirecionamentos repetidos. Isso significa que você não vai mais ficar preso em um loop infinito ao tentar voltar para a página anterior. Outra novidade é a implementação da transparência de certificados, exigindo que servidores web comprovem que seus certificados de segurança são públicos e verificáveis antes de serem considerados confiáveis pelo Firefox.
Duas funcionalidades acabam de chegar: um assistente de IA e a opção de preenchimento automático de dados de cartão de crédito. O assistente de IA, que pode ser habilitado nas configurações do navegador, dentro da seção Firefox Labs, sendo totalmente opcional.
Para os usuários do Android, há uma nova opção para enviar relatórios de crash automaticamente. Isso ajuda a Mozilla a identificar e corrigir bugs mais rapidamente. E, para quem gosta de links limpos, o recurso “Copiar link sem rastreamento” foi renomeado para “Copiar link limpo” e agora funciona até em links de texto simples. Pequenas mudanças, grandes impactos.
Por fim, vale registrar que a partir dessa edição, os binários estão sendo entregues compactados no formato XZ, em vez do BZ2.
Firefox 136: o futuro é vertical
Enquanto o Firefox 135 está chegando aos usuários, o Firefox 136 já está em fase beta, e as novidades são ainda mais empolgantes. Uma das adições mais aguardadas é o suporte a abas verticais. Sim, finalmente você poderá organizar suas abas em uma barra lateral, liberando espaço horizontal e facilitando a navegação quando você tem muitas abas abertas. Dá para alternar entre o layout tradicional e o vertical com um simples clique direito na barra de ferramentas.
Outra novidade é o suporte a decodificação de vídeo por hardware para GPUs AMD no Linux. Isso significa que assistir vídeos no Firefox vai consumir menos recursos do sistema, especialmente em máquinas com placas gráficas AMD. E, para os usuários de macOS, o Firefox 136 traz suporte a playback acelerado por hardware para vídeos HEVC, o que deve melhorar a experiência de streaming.
A segurança também ganha destaque no Firefox 136, com a introdução do comportamento HTTPS-First. Agora, o navegador tentará carregar todas as páginas em HTTPS e só recuará para HTTP se não for possível. Além disso, a ferramenta de lidar automaticamente com cookies foi desativado por padrão no modo de navegação privada, mas você pode reativá-lo manualmente se preferir.
Os desenvolvedores também têm motivos para comemorar. O Firefox 136 traz suporte ao Codemirror 6 nas ferramentas de desenvolvimento, melhorando o desempenho do editor de código. Além disso, há suporte para novos padrões da web, como o objeto Intl.DurationFormat, que permite formatação de durações sensível ao idioma, e as pseudo-classes CSS :open e :has-slotted , que facilitam a estilização de elementos dinâmicos.
Para os usuários comuns, há uma nova opção para mostrar termos de pesquisa na barra de endereços nas páginas de resultados. Isso pode parecer pequeno, mas ajuda muito para se lembrar exatamente o que está pesquisando. E, para os fãs de atalhos, o recurso Quick Actions foi reimplementado, permitindo que você execute ações diretamente da barra de endereços.
Segundo a Mozilla, o lançamento oficial do Firefox 136 está marcado para 4 de março de 2025. Enquanto isso, você pode testar a versão beta e experimentar todas essas novidades antes de todo mundo. Mas lembre-se: versões beta podem conter bugs, então é melhor não usá-las para trabalho ou tarefas críticas.
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