O mundo dos jogos portáteis nunca foi tão emocionante — ou tão confuso. Com o lançamento do Nintendo Switch 2 prometido para junho de 2025 e o já consolidado Steam Deck da Valve, os jogadores têm duas opções incríveis, mas radicalmente diferentes, para levar seus games a qualquer lugar.
Apesar de seguirem filosofias distintas, ambas as plataformas competem pelo mesmo bolso e atenção. Enquanto a Nintendo aposta em exclusivos e uma experiência plug-and-play, a Valve oferece liberdade e uma biblioteca gigantesca de jogos de PC. Mas qual delas vale mais a pena? Vamos desvendar essa disputa pixel a pixel.
Preço e disponibilidade
O Nintendo Switch 2 chegará ao mercado com um preço inicial de US$ 449, 99, posicionado estrategicamente entre os modelos Steam Deck LCD (US$ 399) e OLED (US$ 549).
Para quem gosta de ter pelo menos um jogo após adquirir um videogame, o Switch 2 também será oferecido em um pacote incluindo Mario Kart World, por US$ 499,99.
Já o Steam Deck não vem com jogos incluídos, mas oferece duas versões principais: a LCD, mais acessível, e a OLED, com melhorias significativas na tela e bateria.
Ou seja: se o orçamento está apertado, o Steam Deck LCD é a mais econômica. Mas se a ideia é ter um pacote completo com um jogo exclusivo, o Switch 2 pode ser mais tentador. Pensando bem, a loja Steam tem muito mais opções econômicas de jogos e o Steam deck permite a instalação de emuladores, praticamente eliminando a vantagem do pacote com um jogo, exceto pela exclusividade e pela facilidade proporcionada pelo Switch 2.
Tela: LCD vs. OLED vs. VRR
Aqui a briga fica interessante. O Nintendo Switch 2 surpreendeu ao trazer uma tela LCD de 7,9 polegadas, resolução 1080p e uma impressionante taxa de atualização de 120Hz, além de suporte a VRR (Variable Refresh Rate) e HDR10. Comparado ao Switch original (que mal chegava a 720p), é um salto enorme em fluidez e nitidez.
Mas e o Steam Deck OLED? Ela tem uma tela menor (7,4 polegadas) e resolução mais baixa (800p), mas compensa com cores vibrantes, contraste profundo e HDR. Além disso, seu refresh rate de 90Hz garante uma experiência mais suave que a versão LCD (que fica nos modestos 60Hz).
Se o que importa é velocidade e adaptabilidade, o Nintendo Switch 2 leva vantagem. Mas se cores ricas e pretos profundos são prioridade, o Steam Deck OLED ainda é imbatível.
Desempenho e bateria
O Nintendo Switch 2 usa um chip Nvidia personalizado, com suporte a DLSS e ray tracing, tecnologias que melhoram gráficos e desempenho, além de jogos otimizados especificamente para a plataforma. A Nintendo promete até 120 FPS em modo portátil e 4K a 60 FPS quando dockado. Mas será que os jogos vão entregar isso? Ainda é cedo para dizer.
Enquanto isso, o Steam Deck roda com um APU AMD Zen 2 + RDNA 2, capaz de executar uma vasta biblioteca de jogos de PC com bom desempenho e ótimo consumo de energia. Alguns títulos aproveitam o FSR (upscaling da AMD), mas nem sempre sem perda de qualidade visual.
Na questão da bateria, o Steam Deck OLED domina: dura de 3 a 12 horas, dependendo do jogo. Já o Switch 2 deve ficar entre 2 e 6,5 horas, enquanto o Steam Deck LCD varia de 2 a 8 horas. Ou seja: se longas sessões longe tomada são essenciais, a Valve deve ganhar, mas só saberemos de fato após o início da comercialização do Switch 2..
Expansão e conveniência
O Switch 2 vem com 256 GB de armazenamento interno (UFS, rápido, mas não expansível) e suporte a microSD Express, um novo padrão que promete velocidades próximas a SSDs. Até agora, só há cartões de 1TB no mercado, mas a Nintendo afirma que o console suporta até 2TB.
O Steam Deck, por outro lado, permite que o usuário troque o SSD interno (um M.2 2230) sem perder a garantia — um grande diferencial para quem quer mais espaço. Além disso, aceita cartões microSD UHS-1, mais lentos que os do Switch 2, mas ainda funcionais.
No quesito dock, o Nintendo Switch 2 inclui uma base com HDMI, USB-C e Ethernet. Já o Steam Deck exige um dock à parte (US$ 79) que oferece DisplayPort, três USB-A e Ethernet. Mas você também pode optar por hubs USB de terceiros. Ou seja: se conectividade extra é importante, a Valve oferece mais opções, mas por um custo adicional.
Jogos e software
Aqui está o maior divisor de águas.
O Nintendo Switch 2 roda quase todos os jogos do Switch original, com alguns recebendo upgrades como maior resolução, FPS mais altos e até suporte a ray tracing, porém será necessário pagar pelo upgrade. Além disso, terá exclusivos como Mario Kart World, The Duskbloods e novos recursos como o GameChat.
Por outro lado, o Steam Deck dá acesso a milhares de jogos da Steam, muitos com descontos agressivos. Nem todos são otimizados (alguns podem ter problemas de compatibilidade), mas a biblioteca é incomparável. E, diferente do Nintendo Switch 2, ele pode ser usada como um mini-PC Linux, permitindo navegar na web, editar documentos e até instalar outros launchers como Epic, GOG, além de emuladores.
Qual escolher?
Se o foco são jogos exclusivos da Nintendo, portabilidade refinada e uma tela ultrafluida, o Switch 2 é a escolha óbvia.
Mas se a prioridade é jogar praticamente qualquer título de PC com liberdade total (e economizar nos games), o Steam Deck ainda é o campeão.
No fim, a decisão depende de uma pergunta simples: você prefere a nova geração de Mario e Zelda ou Elden Ring e Cyberpunk 2077 no sofá?
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