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A IA vai sobreviver ao hype?

A inteligência artificial (IA) está em todo lugar hoje em dia. Desde assistentes virtuais até geradores de texto e imagens, parece que todo mundo quer uma fatia desse bolo tecnológico. Mas, afinal, o que realmente vale a pena quando falamos de IA no desktop? 

Inflando a bolha

Não dá para negar que ferramentas como ChatGPT, Gemini e Copilot capturaram o imaginário das pessoas. Elas são incríveis para gerar textos, ajudar programadores e até mesmo para brainstorming. Mas será que a IA no desktop se resume a isso? A resposta é: não.

A IA vai muito além dessas ferramentas populares. Ela pode ser usada para resolver determinados problemas, automatizar tarefas e até mesmo melhorar a produtividade. No entanto, nem tudo que reluz é ouro. Muitas vezes, a IA é usada de forma desnecessária, apenas para parecer “moderna” ou “tecnológica”.

Experimentamos algumas ferramentas de IA para ver como elas podem nos ajudar. Uma das que mais chamam a atenção é o Alpaca, um software que roda modelos de linguagem localmente. Ele é ótimo para brainstorming e para receber feedback sobre ideias. No entanto, ele não faz o trabalho por você – apenas nos ajuda a tecer ideias, conectar conhecimentos, pensar de outra perspectiva.

Outra ferramenta que testamos em um vídeo exclusivo para membros é o Fooocus AI, um gerador de imagens. Ele é mais uma curiosidade do que uma ferramenta que faz a diferença no dia a dia, mas é fascinante ver como a IA pode criar imagens quase realistas. Claro, ainda há problemas, como membros extras em corpos humanos deformados ou textos distorcidos, mas é um campo que vale a pena explorar, mesmo que por diversão.

Recentemente, o YouTube lançou uma nova funcionalidade chamada Aba de Inspiração, que usa IA para sugerir temas de vídeos e até mesmo gerar roteiros e thumbnails. Testamos essa ferramenta e, embora ela seja interessante, ainda está longe de ser perfeita. As sugestões nem sempre são úteis, e as thumbnails geradas pela IA deixam a desejar.

Um dos maiores desafios da IA generativa é a falta de consistência. Por exemplo, gerar imagens com textos é algo que ainda não funciona bem. A IA pode criar imagens incríveis, mas quando se trata de adicionar um simples texto, o resultado muitas vezes é bizarro. Isso acontece porque a IA não entende o texto como algo separado da imagem – para ela, tudo são pixels gerados numa difusão de informações. Não é como se, no GIMP, você adicionasse um texto e ajustasse por cima da imagem.

Isso nos leva a um ponto importante: a IA pode ser uma ótima fonte de inspiração, mas ainda não substitui a criatividade humana. Quando se trata de criar conteúdo de qualidade, nada supera o toque pessoal e a experiência de quem vai consumir o conteúdo.

Quem vai sobreviver?

Muitas empresas estão adicionando IA a seus produtos apenas para parecerem modernas, mesmo quando não há uma necessidade real. Um exemplo clássico são os chatbots de IA em aplicativos que não precisam deles. Às vezes, um simples botão seria mais eficiente do que uma conversa com um robô.

Possivelmente no futuro, apenas as aplicações que realmente resolvem problemas vão sobreviver. Coisas como geração de quadros em jogos para melhorar o FPS, NPCs mais realistas em RPGs e análises de dados para agricultura, medicina, direito e tributação são exemplos de usos promissores.

Por outro lado, aplicações superficiais, como chatbots desnecessários ou máquinas de lavar com IA, provavelmente vão perder espaço. A IA não é uma solução para todos os problemas – ela é uma ferramenta, e como qualquer ferramenta, seu valor depende de como é usada.
Este conteúdo é um corte do Diocast! Assista na íntegra ao episódio onde debatemos os principais acontecimentos no mundo da tecnologia em 2024!

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