Em um mundo cada vez mais dominado por grandes corporações de software, a soberania tecnológica se torna uma questão central. O software livre surge como um verdadeiro oásis nesse cenário, oferecendo a possibilidade de qualquer pessoa interessada e capacitada, desenvolver sua própria tecnologia. Essa autonomia impede que outros decidam como pessoas e instituições devem utilizar seus próprios computadores.
Liberdade e poder de decisão
Nem todos são programadores capazes de construir suas próprias soluções, mas, felizmente, existem comunidades e desenvolvedores que abraçam essa filosofia. Hoje, muitas das ferramentas que usamos, como sistemas operacionais e servidores, são alimentadas por software livre, em destaque o Linux, possibilitando uma liberdade que os softwares proprietários não oferecem.
O governo suíço aprovou um projeto de lei que exige que todos os softwares desenvolvidos para o governo sejam open source. O lema é claro: “Se há dinheiro público, o código também deve ser público.” Isso permite que o retorno desses investimentos seja direcionado a desenvolvedores locais, fomentando um ciclo virtuoso de desenvolvimento e inovação.
É importante reconhecer que a discussão em torno do software livre vai além de aspectos técnicos. Envolve também considerações sociais, econômicas e políticas, que variam de país para país. No entanto, a manutenção de padrões abertos e a implementação correta do software livre são benéficas para a soberania e segurança nacional, além de impulsionar o mercado de tecnologia e educação local.
No Brasil, temos potencial para adotar o software livre, tanto pelos talentos existentes quanto pelo cenário político e econômico. A adoção de tecnologias open source poderia revitalizar computadores antigos, tornando-os acessíveis para mais pessoas, sem a necessidade de grandes investimentos em hardware. Isso ampliaria o acesso à tecnologia e educação, aproveitando as oportunidades oferecidas pelo software livre.
Nos últimos anos, o Linux tem ganhado cada vez mais espaço em diversas áreas. O boca a boca e a insatisfação com alternativas proprietárias, como o Windows, impulsionam o crescimento do Linux, especialmente no Brasil, onde a outra opção, os computadores Mac, são considerados proibitivos para muitos.
Aprofunde-se com o episódio do Diocast, onde discutimos se o Linux ainda é um sistema operacional de nicho, tendo como ponto de partida a notícia de que o Linux alcançou a maior porção do mercado de sua história, totalizando 4.45% segundo o site Stats Counter.