Dos 4 mil funcionários da Motorola Mobility que serão demitidos pelo Google, 220 pessoas são empregados da fábrica da empresa em Jaguariúna-SP. As informações foram divulgadas em nota pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Jaguariúna e Região (SindMetal), no portal da entidade.
De acordo com o sindicato, haverá um pacote de indenização aos funcionários, correspondente a 50% do salário-base por cada ano de trabalho. Os funcionários poderão receber, no máximo, cinco salários. A proposta inicial da empresa era pagar 20% do salário por ano trabalhado.
Outro item conquistado é a extensão da cobertura do plano médico pelo período de quatro meses contados a partir da data da demissão. O convênio permanece válido para o titular do plano e seus dependentes diretos (cônjuge e filhos).
“É sempre uma situação difícil quando temos que negociar demissões. É injusto com o trabalhador que sempre paga o pato nos momentos de dificuldade e mudanças. Mesmo assim, buscamos fazer o máximo possível para minimizar os danos que as demissões vão causar em suas vidas e na de suas famílias”, comentou o presidente do SindMetal, José Francisco Salvino.
A unidade de Jaguariúna é a única fábrica da companhia no Brasil, que também mantém um escritório em São Paulo.
Estratégia
O Google disse que as mudanças são necessárias para tornar a outra empresa lucrativa. “Os investidores devem esperar por variações significativas nas receitas da Motorola por vários trimestres.”
O corpo executivo também foi atingido, segundo a Bloomberg. Fontes informaram ao veículo que 40% dos cargos de vice-presidente serão extintos.
Compra
O Google concluiu a aquisição da divisão de celulares da Motorola, por US$ 12,5 bilhões, em maio deste ano.
Com o negócio, a companhia adquiriu 17 mil patentes que fortaleceram seu portfólio na luta contra Apple e Samsung pelo domínio do mercado de smartphones.