Até pouco tempo os desenvolvedores do Ubuntu estavam dando a entender que o Wayland seria o servidor gráfico padrão da distro, que agora carregará o GNOME Shell como interface padrão, da mesma forma que o Fedora, mas agora eles não estão mais tão seguros disso.
A pretensão inicial era trazer o Wayland como padrão já no Ubuntu 17.10 que sai em Outubro deste ano, esta seria a única forma de poder ir trabalhando em cima dele para poder colocá-lo no lugar no X na próxima LTS de 2018, o Ubuntu 18.04.
É possível que o Ubuntu 17.10 ainda venha com o Wayland como uma sessão alternativa que poderá ser escolhida na tela de login, entretanto, o padrão deverá ser mesmo o tradicional X.org.
Os desenvolvedores Will Cooke e Didier Roche comentaram sobre o caso, dizendo que acreditam que de fato o Wayland ainda não está pronto e que eles não poderiam simplesmente colocar a tecnologia como padrão e “cruzar os braços”. O Ubuntu tem uma margem de usuários que varia de 25 a 40 milhões de pessoas somente no Desktop, o que traz uma preocupação extra, sem sombra de dúvidas. São muitas pessoas para deixar na mão e isso certamente tem um peso na escolha.
O Wayland ainda não funciona plenamente em todas as placas de vídeo, especialmente as que precisam de drivers proprietários e ainda pode gerar problemas para o Ubiquity (que é o instalador do sistema) e o Apport, o aplicativo para reportar erros.
Pensando na estabilidade do Ubuntu 18.04 LTS do ano que vem a utilização do X.org me parece mais do que óbvia, mas ao mesmo tempo é bom as pessoas irem testando o Wayland para que ele fique maduro com maior velocidade.