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Linux Mint 18.3 vem aí com UM MONTE de novidades!

Com o mês de Outubro chegando ao final nós tivemos report mensal dos desenvolvedores do Linux Mint. Recentemente tivemos o lançamento do Ubuntu 17.10 e comentamos todas as novidades em um outro artigo (e olha que foram muitas), mas a nova atualização do Mint deve ser lançada em breve e estará lotada de novas ferramentas, tanto quanto o Ubuntu, tornando o sistema a cada dia mais completo.

Temos notícias boas e ruins, dependendo do seu ponto de vista. O novo Linux Mint 18.3 deverá entregar o que será a última versão com KDE Plasma como interface, ainda é possível que a comunidade mantenha uma versão, mas oficialmente falando, o Linux Mint deixará de entregar uma versão com esta interface e ecossistema de aplicações à partir do Linux Mint 19, que sai apenas no ano que vem.

O abandono do KDE Plasma

O motivo para isso, segundo o líder do Linux Mint, é perfeitamente justificável: Foco no trabalho e convergência de aplicações. Talvez a maior parte das pessoas não tenham a real noção de o quão trabalhoso é manter uma uma distribuição e gerar uma ISO. Focar em algo costuma trazer bons resultados, veja o exemplo do Deepin, que só tem uma única versão e interface para cuidar, o quando eles evoluíram nos últimos dois anos.

Agora pense assim: O Linux Mint entrega as duas versões principais, com Cinnamon e MATE, a versão com XFCE e com KDE Plasma e além disso temos a versão LMDE (baseada diretamente no Debian), todas com versões de 32 e 64 bits. É muito trabalho e recursos, inclusive de servidor, para armazenar tudo isso. São no mínimo 10 ISOs a cada lançamento.

Para reduzir custos e manter as coisas sob seu próprio controle, ao longo dos últimos anos o Linux Mint vem desenvolvendo os XApps, que nasceram como forks de aplicações populares do GNOME, como Vídeos (Totem), Evince (Leitor de PDF), etc. Esses aplicativos utilizam GTK e são “cross-interface”, o que significa que os mesmo App pode ser utilizando tanto em Cinnamon, quanto em MATE, e como o XFCE usa GTK também, neste ambiente também, reduzindo assim o trabalho de empacotas softwares diferentes para cada interface. O KDE Plasma segue um caminho completamente diferente, o que justifica a decisão.

O Linux Mint Debian Edition

O LMDE (Linux Debian Edition), nas palavras dos próprios desenvolvedores do Linux Mint, é a versão de “backup” do Mint no caso do Ubuntu ter algum problema, deixar de existir ou seja lá o que for. A parcela de usuários que o utiliza não é tão grande assim se comparada ao Linux Mint tradicional e ele não é, definitivamente, o foco do projeto, portanto, a atualização para o LMDE deverá ocorrer apenas no primeiro quarto do próximo ano, baseado-se no Debian Stretch e com o codinome “Cindy”.

Adoção de pacotes Flatpak

Pacotes Flatpak e Snap estão ficando a cada dia mais populares, mas curiosamente, o Linux Mint não vai dar uma grande integração ao formato criado pela Canonical, desenvolvedora do Ubuntu, o Snap. 

Apesar do Mint se basear no Ubuntu, o suporte pleno a Flatpak chegará antes e de uma forma muito interessante. Veja só:

O problema que os Snaps e os Flatpaks (e os AppImage) se propõe a resolver é basicamente o mesmo, entregar softwares em versões recentes (ou não) completamente independentes, concentrando todos os arquivos dentro de um único pacote que permite o Sandbox. Isso permite que você rode aplicações mais novas no Linux Mint sem precisar necessariamente de PPAs, pacotes .deb ou qualquer coisa do tipo (No Mint e em qualquer distro, na verdade). O mais bacana é que você poderá utilizar os Snaps também, já que eles também são cross-distro, porém, os Flatpaks receberão um tratamento especial.

Flatpaks na Mint Store

Dentre as novidades que chegarão no Linux Mint, que nós comentamos neste outro artigo, uma das mais importantes é a nova central de aplicativos. Ela receberá uma remodelagem visual, e como você pode ver na imagem acima, ela virá nativamente com os repositórios Flathub e Gnome Apps, ambos Flatpaks, prontos para você instalar os pacotes no novo formato como qualquer outra aplicação.

Aparentemente será possível também adicionar outros repositórios FlatPak se você quiser, tudo em modo gráfico! Palmas para o Linux Mint! No entanto, os pacotes Flatpak tendem a usar o tema GTK Adwaita no lugar no Mint-Y ou Mint-X, isso deverá ser corrigido no futuro, mas os desenvolvedores deixaram claro que possivelmente isso ainda não vai acontecer na versão 18.3, ao menos, não de imediato. Isso significa que a aparência de aplicativos Flatpak e os tradicionais do sistema podem ter alguma diferença.

O novo Cinnamon

Um dos grandes destaques do projeto do Linux Mint é o seu, praticamente filho, Cinnamon Desktop. Na versão 18.3 do sistema teremos o Cinnamon 3.6 como padrão, e ele vem com várias novidades interessantes também, algumas delas nós comentamos neste artigo.

O telado virtual para acessibilidade e telas sensíveis ao toque está refinado, com um design melhorado e mais opções de configuração. Agora ao utilizar uma tela sensível ao toque e selecionar uma entrada de texto o teclado deve aparecer automaticamente sem a necessidade de configurações adicionais.

Teremos integração com as contas online do GNOME. Um recurso muito interessante do GNOME Shell é que você pode logar com a sua conta Google e ter acesso a sua Google Agenda através do calendário e acesso ao seu Google Drive diretamente através do gerenciador de arquivos; o Linux Mint está trazendo exatamente os mesmos recursos para o seu ecossistema.

Gnome Online Accounts no Linux Mint

Essa ferramenta permitirá que você acesse, por exemplo, o seu Google Drive através do gerenciador de arquivos Nemo.

Redshift instalado por padrão

Caso você não conheça, eu já falei sobre esta ferramenta aqui no blog, ela permite que você corrija a cor do monitor automaticamente ao longo do dia para que você não canse os seus olhos. É um recurso semelhante ao de “luz noturna” que agora é nativo do GNOME Shell. O Redshift é muito popular, mas não é o único para essa finalidade. De qualquer forma, ele será peça integrante do novo Linux Mint, tornando o sistema ainda mais completo e out-of-the-box.

Mais melhorias

O próprio Clement Lefebvre, líder do Linux Mint, comenta que são tantos ajustes que é mais fácil olhar a lista no GitHub, alguns são bem técnicos, então, tudo indica que o Linux Mint 18.3 será ainda mais estável que o 18.2 sem deixar de trazer inovações, o que é uma combinação que costuma agradar a maioria.

Linux Mint XApps

Temos melhorias nos XApps também, por exemplo, na imagem acima você vê o editor de texto Xed, que agora tem a função de rolagem na direita, lembrando muito Sublime Text. Temos melhorias também na detecção de touchpads para Notebooks com a Libinput como padrão, no entanto, os desenvolvedores esclarecem que o Mint é capaz de detectar o modelo de Touchpad e utilizar o Synaptics ou a Libinput como driver, dependendo do modelo, suportando ambos.

Linux Mint Report

Teremos também uma bela ferramente para ajudar os desenvolvedores a corrigirem bugs no sistema, o Mint Report, que permite que usuários leigos interessados possam ajudar reportando problemas do sistema para quem o desenvolve, permitindo assim uma melhora mais rápida no sistema.

Teremos também a presença do PIA Manager, uma ferramenta que permite que você configure facilmente VPNs para utilizar no seu computador. Um dos serviços relacionados a esta ferramenta é de um dos patrocinadores do projeto do Linux Mint pelo que me consta.

Com isso resumimos o mês de Outubro do Linux Mint, eu ainda não sei a data exata do lançamento do novo Mint, mas geralmente sai em meados de Dezembro, então aguardemos.

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Até a próxima!

Fonte

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