Polícia da Austrália afirma que Apple Maps pode “machucar” as pessoas
Estive a cá pensando, o quão realmente grande é uma empresa a ponto de dominar qualquer segmente que entre, e o post será sobre isso, porém, cabe explicar a notícia que desencadeou a minha reflexão.
De maneira resumida, na Austrália algumas pessoas que precisavam chegar a uma cidade chamada Mildura, e usando seus iPhones e Tables com o serviço de mapas da Apple foram parar a 70 Km de distância de onde deveriam ir, indo parar em desertos e matas. Segundo o relato da polícia local que teve que resgatar as pessoas é recomendável que as pessoas utilizem outro serviço de localização que não seja o da Apple, diz o Sargento que comandava as operações de resgate que eles já entraram em contato com o Apple solicitando a correção. ( Se quiser ler a notícia na integra clique aqui)
A questão é que eu como bom Geek que sou, adoro ler e principalmente usar novos gadgets e e tecnologias, o que ocorre é que muitas vezes não podemos usufruir com pĺenitude do que há de melhor por culta de um coorporativismo muito fechado.
O caso mais recente talvez sejam mesmo os mapas da Apple, mas não é o único exemplo, neste caso a empresa fundada por Jobs deixou de lado o Google Maps por conta de uma “estúpida” concorrência com o Android, dizendo algo como ” Nós também podemos fazer isso, não precisamos deles”, em outras palavras obviamente, mas com este mesmo sentido.
Sabemos que elaborar um bom serviço de mapas demanda muito tempo, muito mesmo e para torná-lo exato e confiável seis meses não são um tempo adequado, ainda mais para alguém que até então não havia entrado neste ramo.
A ideia básica é fazer uma empresa “auto-suficiente” ou “independente” de outras, a Apple está neste caminho renegando os mapas da Google, mas não totalmente, o que poucas pessoas sabem é que os serviços de localização dos iPhones e do iCloud ainda estão ligados ao Google Maps, ou seja, precisam funcionar. Imagina você perder seu celular e ele indicar estar muito longe de onde realmente está?
A ideia de uma única empresa dominar todos os segmentos que seu produto utiliza nunca traz benefícios aos usuários, vejamos a Microsoft, que se por exemplo tivesse comprado a NetScape ou o Opera teria uma navegador possivelmente mais decente que o IE, que passa ano ou década continua motivo de chacota.
A única empresa que parece que ter potencial para ser dominadora desta maneira é o Google, o Android e o ChromeOS são dois bons exemplos, e a empresa parece estar se voltando para o lado Hardware investindo no Chromebooks e na compra da Motorola.
Tudo o que o Google faz é perfeito?
Não, definitivamente não, veja o Google Pĺus por exemplo, que é uma excelente rede social, e mesmo com o Google jogando ele na cara dos usuários a maioria ainda não troca o Facebook.
Pense comigo, não seria interessante uma plataforma que juntasse tudo que há de melhor?
Algo que fosse, tão estável, versátil e seguro como o Linux, com o cuidado nos detalhes do Mac OS e com a grande compatibilidade de software do Windows?
Muitas vezes deixamos de ter o melhor somente porque uma empresa quer dominar todo o segmento em que atua, foco é muito útil nesses casos, quer ver um exemplo?
Meu computador, este que estou escrevendo agora, tem um processador AMD e uma placa de vídeo ATI da AMD também.
Não quero ser tendencioso, mas historicamente os processadores Intel levam vantagem sobre os AMD na maioria dos casos ( não todos), e por que disso?
A resposta é simples: foco.
Enquanto a AMD tantava abocanhar o mercado fazendo processadores e placas gráficas dividindo seus investimentos e tempo, a Intel se focava em processadores só agora nos últimos anos é que a empresa voltou os olhos para chips gráficos para trabalhar em conjunto com processadores da família Core i.
Já pensou um Android com a Siri? Ou um iPhone com a maleabilidade do Android?
Seria ótimo se a exclusividade que as empresas de tecnologia tentam trazer para seus usuários fizessem apenas o bem, mas isso é a competição e diferenciais exclusivos fazem parte do jogo de marketing de cada um e isso é mais corriqueiro do que pensamos, são de ideias como essas de exclusividade que nascem serviços como o Facebook, Instagram, Google Now etc…