Editorial

Por que até “não programadores” devem entender lógica e algoritmos?

Certas coisas que fazemos todos os dias, como tomar banho, tomar café ou sair de casa para trabalhar, são tão automatizadas que nem precisamos mais pensar sobre o que vamos fazer especificamente, pense nisso.

Há uma série de ações complexas que você toma todos os dias, mas que de alguma forma parecem intuitivas, triviais, perante ao seu conhecimento de causa, afinal, quem não gosta de um bom café? Para muita gente, o melhor café, é o feito pelo próprio indivíduo.

o melhor café
Chances são grandes que o melhor que você já provou, foi um que você mesmo fez.

Para coisas que repetimos dentro de uma espécie de “looping” todos os dias damos o nome de “hábito”, ou “rotina”. A capacidade de analisar friamente situações cotidianas simples, até rotinas mais complexas, como o modelo de negócios da sua empresa, te dá uma grande vantagem em relação aos que não compreenderam o mecanismo.

Onde entram os algoritmos?

Fizemos um vídeo recentemente no canal Diolinux no YouTube onde falamos sobre “o tal do algoritmo”, para fins de entendimento maior, é interessante que você confira o vídeo antes de continuarmos.

Algoritmos fazem parte do dia a dia de todos os seres humanos. Ao entrar em contato qualquer dispositivo eletrônico, inevitavelmente você estará operando algoritmos, ainda que de forma abstraída, através de “interfaces” de aplicativos e telas coloridas.

Atualmente alguns botões aqui, outros lá, alguns toques na tela do celular, fazem a “magia da programação” realmente parecer mágica, aos olhos dos mais leigos no assunto.

Podemos definir um algoritmo de diversas formas, mas em termos computacionais, uma forma interessante de se ver a questão é:

“Algoritmo é uma forma lógica de resolver um problema.”

E para resolver “um problema”, os programadores usam algoritmos através de linguagens de programação para construir os “softwares” que todos nós usamos e amamos.

Extrapolando o meio da tecnologia

A definição de “algoritmo” remonta há tempos muito mais antigos, como mencionamos no vídeo que você pode ver logo acima, no entanto, vamos trazer essa analogia para a contemporaneidade por um momento, sem fazer uma conexão direta com padrões matemáticos necessariamente.

Usando a nossa boa e velha amiga lógica, se um algoritmo pode ser considerado uma maneira lógica (olha ela aí) de resolver um problema, podendo ser expresso também como uma forma de passar instruções definidas considerando eventos futuros e programando seus resultados, então, não seria errado afirmar que a rotina dos seres humanos é, de alguma forma, um algoritmo.

Será que você conseguiria descrever os seus hábitos matinais em uma série de “se isso acontecer, então aquilo”?

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Se chover, leve um guarda-chuva.

Curiosamente, essa descrição ficaria muito maior do que você poderia imaginar. Tente descrever os seus primeiros passos ao acordar, na intenção de que alguém pudesse replicar exatamente todos os seus movimentos, e você terá uma noção da complexidade a qual me refiro.

O seu dia a dia está cheio de algoritmos naturais, regozije-se

Quebrando o algoritmo

Enquanto eu estudava alguns conceitos de design, há alguns anos, me deparei com uma das frases mais incríveis que já pude ler. Eu estava em meio a uma leitura sobre a incrível arte da fotografia, e lá estava a frase, jogada como se fosse “nada”, mas eficaz e certeira como uma punhalada.

“Você não quebra as regras, sem antes entender as regras.”

Naquele contexto, significava que não adiantava quebrar as regras da fotografia, cunhadas há um punhado de dezenas anos, sem saber que regras eu estava quebrando e o porquê.

Tentar ser subversivo, sem saber o que você está subvertendo, é como trocar um pneu de um carro e colocar um “skate” no lugar.

Esse assunto se relaciona diretamente com a noção do “algoritmo da nossa vida“, enfatizando aqui uma poesia que talvez não realmente exista, e o motivo é simples: Se você entende as regras, e conhecer o jogo, você consegue jogar ele com maior sabedoria.

Imagine-se jogando Poker com pessoas que nunca jogaram, sendo você um jogador habilidoso. A aposta? Que tal um seu emprego dos sonhos? Ou uma grande oportunidade de negócio? Quem tem mais chances de vencer? Quem conhece as regras do jogo, ou quem acabou de começar a jogar.

Sorte de principiante é uma coisa, que dubitavelmente existe, mas você começar a jogar Poker porque tem muito dinheiro, não te torna vencedor. Assim como começar um negócio com muito dinheiro, não quer dizer que ele será um sucesso. Conhecer a regra do jogo e o “algoritmo(s)” que o guia é um fator diferencial muito mais eficaz.

Entendendo algoritmos, e pessoas que não são desenvolvedores

Eventualmente você cai em obviedades enquanto escreve um texto, parece que não tem escapatória, e ainda assim, parece certo dizê-las.

Se você for programador, ou tem essa aspiração, é imprescindível conhecer lógica e algoritmos, aplicadas ao meio computacional nesse caso, pois, assim como o seu computador, essas são ferramentas de trabalho pertencentes à profissão.

Quer aprender algoritmos na prática? Confira o curso do Algomania, eles mandam muito bem, especialmente para quem precisa treinar para as vagas de emprego concorridas de grandes empresas.

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Para aqueles que não almejam trabalhar com esse tipo de coisa, ainda assim vale a pena investir um tempo para entender, ao menos um pouco, a mente de um programador.

Ser analítico e pensar de forma lógica te permite uma visão privilegiada, e como não poderia ser diferente, isso lhe ajuda a resolver mais facilmente problemas, encontrar soluções e observar os mecanismos nos quais você está inserido, e que engrenagens precisam se movimentar para que você seja um agente de mudança.

Antes de conseguir mudar um status quo qualquer, é preciso que você perceba como você faz parte e se relaciona com ele.

Eu não acredito em “memes” para a expressão de verdade, mas de vez em quando, uma tirinha acaba chamando a minha atenção. Geralmente elas falham por tentar expressar algo muito complexo em um tempo muito curto, sem muito contexto, sendo abertas a interpretações diversas e errôneas, contudo, isso não diminui o brilhantismo:

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Uma clássica piada envolvendo lógica de programação

O que essa anedota representa é justamente a lógica e o algoritmo trabalhando em conjunto.

Ao mostrar essa imagem para algumas pessoas, é possível que alguns indivíduos não consigam entender de primeira ao lerem, inclusive, mais uma prova de que exercitar a sua capacidade de compreensão e lógica é muito importante.

A lógica é importante em muitos momentos da vida, ela, em um debate, por exemplo, garante que as mesmas coisas signifiquem o mesmo para os indivíduos.

Quando isso não acontece, temos argumentos falaciosos jogados em cima da mesa, e, de forma geral, a ausência de lógica neste espectro de debates faz de tudo, menos solucionar o problema de forma honesta, e bom, lógica.

De que forma você vai virar o jogo a seu favor se você não conhece nem sequer regras? Como você vai mudar a sua rotina, se você não realmente conhece as sua rotina e simplesmente vive o mesmo dia todos os dias, sem se questionar?

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Rotinas são “rotinas” porque nos deixam, geralmente, em posições confortáveis.

Em outras palavras, como você vai mudar a “sua programação de vida”, sem quebrar esse “algoritmo” de atividades repetitivas? Alguns chamariam isso de “pensar fora da caixa”, entretanto, é seguro que podemos chamar este singelo ato de simplesmente de “pensar”.

5 dicas para exercitar o seu raciocínio

Estudar programação e algoritmos é, sem dúvida, uma forma excelente de treinar a sua mente a pensar de formas não convencionais, mas se, por algum motivo, isso não for muito a sua praia, ainda existem muitíssimas atividades que podem ser afeitas com semelhante resultado positivo.

  1. Tente algo diferente

    As pessoas falam em “fugir da rotina” constantemente, mas a rotina é o nosso programa padrão.

    Na verdade, o que é preciso ser feito é uma alteração na rotina. Assim como um programa de computador com bugs, você pode tentar mudar a forma de fazer alguma tarefa. Qual foi a última vez que você mudou a marca de café? Ou tomou chá no lugar?

    Nenhum radicalismo é realmente necessário aqui, mas o simples fato de pensar e fazer as suas coisas de forma diferente têm potencial de gerar reflexões muito interessantes.

    Você pode chegar a conclusão de que já executa determinada ação com o melhor e mais alto padrão de eficiência, ou então se dar conta de que existem alternativas igualmente boas que você nunca tinha visto, por ter se acomodado à sua rotina.

  2. Pense positivamente:

    E o nosso “momento coach” começa com uma constatação simples.

    Pessoas são viciadas em problemas, são eles que realmente movem as coisas para frente. Há quem diga que goste de procurar soluções é que seja o fato, mas elas somente existem porque antes um problema existia.

    Pessoas pessimistas tendem a encontrar um problema para cada solução, muitas vezes mais do que isso. O resultado? Estresse e ansiedade, duas coisas que prejudicam o funcionamento sadio do cérebro e, consequentemente, a capacidade de raciocínio.

    Por quê pensar positivamente? Bom, você realmente ganha alguma coisa sendo um pessimista?

  3. Durma bem:

    Curiosamente, há quase um culto no meio da programação sobre trabalhar na madrugada, se entupir de café e energéticos, tudo isso afeta os sentidos das pessoas de formas diferentes e é difícil dizer até onde o benefício de ficar algumas horas a mais acordado realmente trouxe um melhor resultado.

    Você realmente está buscando o melhor resultado, ou simplesmente está buscando um resultado?

    Invista em um tempo de descanso proveitoso e saudável, por mais que você goste da ideia de ser um robô enviado do futuro, a verdade é que você ainda tem, o que os praticantes de meditação diriam, “uma mente de macaco”.

    Dormir direito não significa dormir muito, significa dormir o necessário e acordar com energia e disposição. Isso pode aumentar a sua concentração, diminuir a sua ansiedade pela realização de projetos e ainda te deixar com algumas olheiras a menos.

  4. Leia:

    Parabéns, você está lendo agora mesmo! Ainda assim, por mais que você seja um “Rinpoche“, ler em ambiente digital carrega consigo distrações, a força mental necessária para ficar em frente a um computador ou celular apenas lendo por uma hora, é muito maior do que a leitura de um livro físico. Da mesma forma que escrever um texto profundo é muito mais fácil sem distrações.

    Ler é bom de qualquer forma, é melhor ler alguma coisa, mesmo que seja num Kindle ou no seu Smartphone, do que não ler, factualmente, contudo, valorize o tempo que você puder passar com um livro de verdade, em um local mais tranquilo, onde o seu foco está todo voltado a absorção de conhecimento.

    Há alguns anos (não precisamos ir muito longe), a frase “eu não tenho tempo”, era diretamente associada há pessoas que tinham diversos afazeres, “importantes” magnatas e grandes administradores de empresas, nos anos 1920, era quase um sinônimo de “pessoa bem sucedida”.

    Saltando em “fast forward” algumas décadas, hoje temos pessoas que estão “sempre sem tempo”, mesmo crianças com agendas lotadas. Na terceira década dos anos 2000, sinônimo de “pessoa bem sucedida” é “pessoa com tempo”.

  5. Ginástica cerebral:

    Já ouviu falar? Da mesma forma que movimentar o seu corpo (para ele lembrar que sentado em frente ao computador ou cabisbaixo olhando para um Smartphone não são as únicas posições existentes), estimular o seu cérebro é igualmente importante.

    Treinos de foco, como meditação mindfullness, exercícios de memorização e até jogos de tabuleiro, são excelentes para tirar o seu cérebro da rotina que ele já conhece e não precisa mais refletir para fazer.

    Assim como um músculo atrofiado, um processo de pensamento que não busca por novas soluções tende a se deteriorar e perder sua capacidade.

Comece a pensar:
Qual a melhor forma de fazer aquilo que eu já acho que faço da melhor forma? Como você pode ver, os algoritmos podem ser associados de forma subliminar com a sua rotina, sem muitos problemas de conjectura.

Não deixe um dia acabar sem poder dizer que você aprendeu algo novo, isso sim é uma definição saudável de carpe diem. Afinal, porque o céu é azul mesmo?

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