O novíssimo Blender 2.80 está disponível depois de anos de desenvolvimento, trazendo para o mercado um software ainda mais robusto e pensando para o público alvo.
Com incríveis doações da Epic Games, foram mais de 1,2 milhões de dólares aciados pela empresa para serem investidos no projeto Blender nos próximos, assim como a integração da Ubisoft como membro Gold do projeto que está iminente, entre várias outras colaborações de pessoas e empresas de todo o mundo, chegamos ao novo lançamento da Blender Foundation, a versão 2.80 do software que vem tomando conta do mercado 3D.
O Blender vem sendo utilizado cada vez mais no mundo dos games, cinema, e até mesmo engenharia. Com vários aprimoramentos na renderização com o incrível Blender Eevee, organização espacial de elementos dentro do programa, a nova edição parece ser a resposta a vários apelos na comunidade e do mercado sobre “como o Blender deveria ser”, você pode ver todas as novidades aqui e fazer o download.
No vídeo acima são apresentadas as principais novidades do programa, no momento do vídeo, ainda em Beta.
Digamos que o Blender 2.80 é um novo recomeço, não que o programa fosse ruim (pelo contrário, Hollywood e até mesmo a Netflix fazem uso do Blender), porém, as vezes é preciso recomeçar para evoluir. O Blender 2.80 apresenta uma interface de usuário redesenhada e pensada no artista. Seja pelo novo tema escuro e de ícones, ou a disposição dos menus e as interações feitas com o teclado, mouse ou tablet (mais detalhes).
Novos modos de trabalho permitem manter o foco na tarefa em questão, seja esculpir, modelar, animar, editar, etc (mais detalhes).
Um novo visor 3D foi implementado, mais moderno, agora suportando a visualização durante tarefas e modelagem. O mecanismo suporta sobreposições que também podem funcionar acima das visualizações de renderização do Eevee e do Cycles. Permitindo editar e pintar a cena com sombreamento total (mais detalhes).
Mais ferramentas foram adicionadas ao Blender 2.80, na viewport 3D e no editor UV, com uma novíssima barra de ferramentas. Com isso os usuários que não se habituam a atalhos no teclado, ou queiram descobrir novas funcionalidades ao navegar pela interface. Encontraram uma interface, como anteriormente citado, pensada no artista. Widgets, elementos, como luzes, câmera e a imagem de fundo da composição, receberam alças para ajustar sua forma e demais atributos.
“A cereja do bolo” desta versão 2.80 do Blender, é seu renderizador. O Eevee proporciona uma renderização em tempo real com recursos avançados baseados em física, estes são: volumetria, reflexões, screen-space, subsurface, scattering, profundidade de campo, desfoque (blur) no movimento da câmera, entre outros recursos (mais informações). Aos usuários do Cycles, não se preocupem, o Eevee possui compatibilidade com ele.
Outra vantagem do Eevee, é sua compatibilidade com muitas engines de criação de jogos. Seus modelos de sombreamento podem ser utilizados pelos artistas durante a criação de personagens, cenários e demais componentes de um jogo.
O Blender 2.80 permite criar complexos desenhos e animações, sejam elas 2D ou 3D. Combinando as ferramentas 2D em um ambiente 3D, possibilitando a criação de artes conceituais, storyboards e animações em um patamar extremamente elevado (saiba mais).
O Cycles passa a oferecer funcionalidades comumente presentes neste setor, alguns exemplos são: Cryptomatte, sombreamento em volume, cabelo BSDF, etc. Com otimizações que permitem o uso combinado de CPU e GPU, mais performance no OpenCL, além de suporte CUDA para cenas que ultrapassem o uso da RAM da GPU (mais detalhes).
Tudo apenas foi a ponta do iceberg, este lançamento está repleto de novidades, melhorias, redesigns e muito mais… Se utiliza o Blender ou pretende utilizar, recomendo a dar uma olhadinha no final da nota de lançamento da versão 2.80. Acesse o site oficial e confira.
Alguns recursos foram removidos do Blender, como: o mecanismo antigo de renderização, que foi substituído pelo Eevee e o Blender Game Engine. A Godot é recomendada, e sinceramente, creio que seja uma escolha mais que acertada. Assim os desenvolvedores focam nos recursos atuais. Afinal, ter opções sem manutenção em um software tão poderoso e utilizado como o Blender é muito arriscado. Em sua própria nota de lançamento a equipe do Blender deixa evidente que os desenvolvedores poderão manter a excelência no desenvolvimento do programa, ao não gastarem tempo com funcionalidades problemáticas ou legadas.
Disponível para Linux, macOS e Windows, parece que hoje é melhor momento da história para se começar a trabalhar com o Blender, um software Open Source de extrema qualidade.
O que você achou da nova versão do Blender? Já testou? Continue o debate sobre o novo Blender no nosso fórum.
Este artigo escrito e abrilhantado em parceria com o nosso redator, Henrique.
Até a próxima!
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