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Por que os programas de Linux são mais leves e estáveis que os do Windows

Vamos mostrar porque o gerenciamento de pacotes de software do Linux Ubuntu é mais inteligente que o do Windows

Estava falando a poucos dias com um amigo sobre o gerenciamento de pacotes do Ubuntu ( APT-GET ) e comparando um pouco com o Windows, falando sobre a instalação de programas, ele me indagou porque a maioria dos softwares do Ubuntu eram muito menores em tamanho do que a maioria dos softwares para Windows, um exemplo disso:

VLC Media Player para Windows – 23 MB

VLC Media Player para Ubuntu – 3,6 MB

Ambos exatamente com as mesmas funcionalidades, então resolvi escrever este artigo para explicar um pouco como funciona o gerenciamento de pacotes do Ubuntu ( e de praticamente qualquer distro ) e compará-lo ao que sabemos do Windows.

Windows e o inferno das DLLs

Dynamic-link library (biblioteca de vínculo dinâmico) ou simplesmente DLL é um sistema desenvolvido pela Microsoft para o compartilhamento de Bibliotecas entre Softwares no Windows, um exemplo disso as as DLLs do DirectX que são acessadas por qualquer programa que as exija, sem que, teoricamente seja necessário instalar o DirectX a cada programa.

Eu digo teoricamente porque se você já tentou instalar algum game ou software que exija desempenho gráfico do Windows deve ter instalado junto o DirectX pois ele mesmo trazia o software, e isso não se limita ao DX não, praticamente qualquer software precisa de DLL específicas para rodar e como o desenvolvedor do software não sabe em qual Windows o software irá rodar é mais seguro incluir as DLLs que o programa precisa diretamente na instalação do programa, aumentando assim o seu tamanho, afinal não tem explicação o Photoshop pesar mais de 1 GB quando instalado completo e o GIMP pesar 76 MB com praticamente as mesmas funcionalidades.

Os problemas começam a ocorrer quando você começa a instalar muitos programas, muitas vezes eles precisam de uma versão muito específica de uma DLL e pode ter o mesmo nome de outra que já está instalada ( mas que não é igual!)  e então essa DLL antiga será substituída pela nova, fazendo um programa funcionar e prejudicando o desempenho de outro, quando você desinstala o programa as DLL do mesmo ficam normalmente dentro da pasta System32 mesmo que o programa não esteja mais no computador, acumulando lixo no sistema e por sua vez deixando-o mais lento, o estranho disso é que as DLL são arquivos teoricamente “inabríveis” ou seja, não dá para saber o que há dentro delas.

S.O. ( Shared Objects)

Um sistema Linux como o Ubuntu usa um sistema de gerenciamento de software mais inteligente, no caso o APT, e não existem DLLs no sistema, existem Libs, que seria algo equivalente, e os SO ( System Objects) ou ainda o KO ( Kernel Objects), o próprio sistema traz uma coleção ampla de bibliotecas e tem um compartilhamento de bibliotecas entre software mais aprimorado.

Quando você for instalar um programa como o VLC, independentemente se você for instalar via terminal ou Central de Programas, o apt-get verifica uma lista de dependências para o pacote do VLC, ele observa quais são as Libs que e VLC precisa para rodar, então ele verifica se essas lib.so em questão já está instalada, se está ele simplesmente não será baixado novamente.

Caso não esteja o apt-get se encarregará de baixá-la, e assim sucessivamente até suprir todas as dependências do programa e por final instale o programa em si, como resultado temos uma instalação mais rápida, ocupando menos espaço no HD e sem gastar muita memória RAM, você que entende de informática também deve ter percevido o absurdo que é o Windows pedir 20 GB de HD para instalar o sistema e vir sem a maioria dos programas necessários e o Ubuntu com tudo instalado e pronto pra funcionar mal ocupar 10 GB, isso já incluindo uma Suíte Office, navegador, codecs para vídeos, etc, isso mostra claramente um melhor aproveitamento de bibliotecas compartilhadas, ou seja, vários programas usam os mesmos arquivos para funcionar.

O sistema apt-get também mantém o controle de quantas aplicações precisam de uma lib.so  de modo que se você remover VLC ( seguindo o nosso exemplo), ele não removerá a tal lib a não ser que nenhum programa esteja usando ela, caso ela seja dispensada ela vai embora com o programa e não fica entulhando o sistema, dando a você como único trabalho de limpeza remover o cache de aplicativos e um log aqui e outro acolá.

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