O Ubuntu pode não ser mais lançado a cada seis meses
Li hoje uma notícia no nossa parceiro Ubuntu-BR-SC que me fez refletir um pouco, para resumir, a Canonical, empresa que desenvolve o Ubuntu, está pensando seriamente em transformá-lo em Rolling Release, ou para ser mais específico, produzir somente versões LTS a cada dois anos. Acabado com versões intermediárias, tudo isso a partir do próximo ano.
Mesmo que o tema ainda não tenha sido confirmado, ouve alguma discussão entre os usuários, levantando pontos como, “se isso seria bom”, “vantagens” e “desvantagens”, por conta de tais dúvidas resolvi falar do meu ponto de vista se está decisão é boa ou não.
O Ubuntu deve sair de dois em dois anos?
Particularmente acredito que pode ser uma boa opção, levando-se em consideração o meu tipo de usuário atualmente.
Este tipo de atualização de dois em dois anos pode desagradar a quem gosta de instalar tudo o que há de mais novo no Ubuntu e não dá importância para uma versão ser LTS ou não, lembro que logo que comecei a usar Linux, instalar e desinstalar o sistema era até divertido, hoje já não penso assim e dou preferência por versões LTS ( tanto que estou usando a 12.04 agora ) justamente por não querer ficar reinstalando o sistema a cada seis meses.
Não seria muito diferente dos outros
Para quem gosta de dizer que o Ubuntu está indo pelo mesmo caminho de outras empresas de tecnologia do mundo como a Apple, o fato da distro sair de dois em dois anos poderia ser mais um fator para as pessoas que gostam de chamar o Mark de “novo Jobs” apontarem o dedo.
A verdade é que o Windows e o Mac OS, principais concorrentes do Ubuntu nos desktops não tem um ciclo de lançamentos e já chegaram a demorar mais que dois anos para saírem versões novas, caso do Windows XP por exemplo, e qual foi o resultado disso? Padrão de mercado.
Acho que o fato do Ubuntu não ter uma versão nova a cada seis meses pode ser bom, ele pode ficar mais padronizado, coisa que muitas empresas de games por exemplo, apontam por ser o ponto fraco do Linux, a falta de padronização.
Agora caberá à equipe da Canonical de manter o Ubuntu atualizado mesmo assim, com as ultimas versões dos programas e estável por muito tempo.
Uma das questões levantadas pela Leann Ogasawara, gerente de Kernel do Ubuntu é que nas atualizações de um Ubuntu nesses moldes não seriam inclusas somente as tradicionais atualizações, como seriam incluídas novidades no sistema, do tipo, você atualiza o seu sistema e ganha um pacote de ícones novos.
Outra preocupação minha é em relação a outras boas distros que são baseadas no Ubuntu, como o Linux Mint, será que elas seriam obrigadas a participar do novo ciclo de lançamentos ou passariam a desenvolver versões intermediárias sozinhas?
E você leitor o que pensa do Ubuntu parar de lançar versões a cada seis meses e adotar uma política mais conservadora?